Um dos primeiros fundos florestais do Brasil, a Lacan Florestal, começou a operar em 2012. Até hoje foram plantados cerca de 62 mil hectares de florestas, 100% com eucalipto. “Deste total, 53 mil hectares estão negociados”, conta o engenheiro florestal José Maria de Arruda Mendes Filho, diretor operacional e sócio da Lacan Participações. As operações da Lacan concentram-se em Mato Grosso do Sul, no fornecimento de madeira para a indústria de celulose e no norte do estado de Mato Grosso, para produção de energia.
O embrião do projeto surgiu em 2008, com Luiz Augusto Candiota, que buscava alternativas de investimento de longo prazo disponíveis aos investidores institucionais brasileiros. Candiota e equipe viajaram para Estados Unidos, Canadá e Europa buscando mais informações sobre a participação de investidores institucionais estrangeiros em fundos de pensão, fundos soberanos, endowments e investimentos de longo prazo. Deu certo. Doze anos depois o fundo é um sucesso.
O diretor operacional da Lacan, José Maria de Arruda, explica que o processo começa identificando a região onde irão atuar. “Identificamos um comprador e iniciamos a negociação antecipada da madeira. Depois vamos atrás dos recursos, mostrando para o investidor como foi feita a venda, quanto vai render e quanto ele vai ganhar com isso. Também olhamos ativos em regiões estratégicas, onde a venda da madeira se dará no mercado spot, sem venda antecipada.”
No ano passado a Lacan começou a distribuição dos dividendos do fundo número 01. “Estamos em plena fase de captação para o fundo 03. Hoje são 34 fundos de pensão e inúmeras famílias e investidores institucionais estrangeiros que participam. Esses são os investidores dos dois fundos que temos aberto”, conta José Maria.